Imagem desoladora revela por que precisamos mudar a nossa relação com os animais selvagens

    Foto: Jo-Anne McArthur / My Dream for Animals


O comércio ilegal de vida selvagem é um mercado negro mundial que visa espécies de animais raras e em extinção para seu uso como animais de estimação exóticos, alimento, ingredientes medicinais, joias, ornamentos domésticos e outros. Seu efeito nas populações em extinção tem sido devastador.

Por exemplo, aproximadamente 100 elefantes africanos são mortos diariamente por causa de suas presas de marfim – que são frequentemente transformadas em ornamentos decorativos. Somente entre 2012 e 2015, mais de 103 mil elefantes foram mortos por caçadores. A África já perdeu 60% de sua população de elefantes e muitos especialistas em conservação temem que a população de elefantes seja extinta até 2025.

Gorilas, leões, tigres e rinocerontes – citando apenas alguns – também são visados, capturados e mortos por caçadores ilegais em um ritmo alarmante. O dano que o comércio ilegal de vida selvagem tem causado às populações vulneráveis de animais é um dos fatores que mais contribuem para a sexta extinção em massa na Terra.

Uma extinção em massa é definida pelo desaparecimento de 75% da biodiversidade da Terra dentro de um período de três a 22 séculos. Um relatório recente e chocante do Fundo Mundial da Vida Animal (WWF, sigla em inglês) e da Sociedade Zoológica de Londres divulgou que 58% da vida selvagem do nosso planeta foi perdida apenas nas últimas quatro décadas, principalmente por conta de atividades humanas. Enquanto a perda de habitat e o desmatamento têm papel fundamental na perda de tantos animais da Terra, não há dúvidas de que o comércio ilícito de vida selvagem também tem culpa.

O sofrimento dos animais inocentes capturados por esse terrível comércio foi recentemente divulgado pela renomada fotógrafa canadense Jo-Anne McArthur. O trabalho pioneiro de Jo-Anne há muito tempo procura mostrar a crueldade que os animais sofrem nas mãos humanas.

Nessa desoladora imagem, o amor e a devoção que esse jovem macaco sente pela sua mãe pode ser visto claramente.

É óbvio que o laço de amor entre essa mãe e o bebê é exatamente o mesmo que a poderosa conexão que pais e filhos humanos têm. Tragicamente, a separação de mães de suas proles é uma ocorrência rotineira para animais pegos pelo comércio ilegal de vida selvagem. Macacos visados para a venda como animais de estimação exóticos, por exemplo, são frequentemente separados de suas mães muito cedo para que sejam mais dóceis e atendam às vontades de seus tratadores mais facilmente.

Mesmo sendo difícil afirmar com certeza qual será o destino desse pequeno macaco, uma coisa que essa imagem demonstra definitivamente é que quando animais jovens são retirados de suas mães para satisfazer a ganância dos humanos pelo lucro, ele será devastador. Essa foto nos lembra de que todos nós devemos fazer o que podemos para elevar a conscientização sobre o mal que o comércio ilegal de vida selvagem tem causado a seres vulneráveis por todo o planeta.


Fonte: Olhar Animal (via One Green Planet)


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:


1. "Mesmo sendo difícil afirmar com certeza qual será o destino desse pequeno macaco..." Não deixe de ler: O terror dos bebês chimpanzés arrancados de suas famílias e vendidos como brinquedos.

2. Segundo a Associação Mata Ciliar, as estatísticas apontam que a cada 10 animais traficados, nove morrem, devido às péssimas condições em que são transportados e aos maus-tratos a que são submetidos. Quem compra um macaco (ou papagaio, arara, tucano, jabuti, cobra, lagarto, maritaca, coruja, canário-da-terra) está financiando o tráfico de animais e sendo cúmplice dessas mortes. Animal silvestre não é pet!

3. Sobre a extinção em massa citada no texto, leia também:


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