O agility é um esporte em que os cães percorrem um circuito, passando por obstáculos como túnel e barras, no menor tempo possível. Os tutores também têm que suar a camisa, acompanhando e dando os comandos necessários. Além de divertir os amigos de quatro patas, a atividade mantém a saúde física e mental deles.
A veterinária Lívia Nogueira, de 33 anos, treina há 10 em um campo na Ilha de Guaratiba. A ideia surgiu com sua vivaz Carolina, de 11. Na época, Lívia procurava algo para gastar aquela disposição canina e assistiu a um vídeo sobre agility.
"Qualquer cachorro pode praticar o esporte, seja qual for a idade, cada um com sua limitação. Ela continua treinando para manter a boa forma física", afirma a também instrutora de agility, devido à idade avançada do animal.
Seu cachorro de oito anos, Bê, também vai aos treinos, e apresenta conquistas diárias: ele voltou a ter os movimentos do corpo com ajuda dos estímulos do agility após ficar com sequelas de uma doença. Na época, também passou por fisioterapia e acupuntura. Lívia explica que, a exemplo dos humanos, que precisam verificar se podem praticar esportes, é importante que o veterinário dê o aval para saber o que o animal pode fazer exatamente.
"O agility beneficia qualquer cachorro. A diferença é que um será mais competitivo que o outro, no sentido de fazer mais rápido o trajeto", diz Lívia.
A veterinária acrescenta que a atividade pode deixar o cachorro menos estressado: "Ele fica entediado quando não tem nada pra fazer e começa a comer o que está perto. A partir do momento que vai aos treinos, aprende a canalizar a energia. Ele não vai querer destruir tudo o que vê. Torna-se um animal mais fácil de lidar, pois confia em seu tutor".
Além desses cães, a veterinária cuida ainda do, Chico, de um ano, e de Frida, de oito meses. Ao todo, ela treina 30 minutos com cada um. E haja fôlego. Lívia, que nunca gostou de academia, descobriu a paixão pela atividade física depois que começou a fazer agility com os cachorros: "Tentava entrar na academia, mas nunca levava adiante. Comecei a fazer o agility para a Carolina gastar energia, mas, depois se tornou divertido. Hoje, faço caminhada e corrida para tentar acompanhá-los".
André da Silva, de 34 anos, levou seus cachorros para o agility para tentar acalmar os ânimos dos bichos. "Eles precisavam gastar energia e pensei em uma forma de desenvolver mais a disciplina neles. O envolvimento com o esporte fez bem a eles e a mim, que passei a me interessar mais pela atividade."
Adestrador há 30 anos, Adilson Pedrosa de Sousa, de 56, conta que, para fazer agility, o cachorro precisa saber atender aos comandos do tutor. O adestramento pode começar a ser feito a partir dos quatro meses. "O cachorro precisa aprender os comandos e obedecer na hora certa. É ideal que seja feito até os 10 meses de idade", afirma.
Fonte: Extra
Foto: Pedro Teixeira / Globo
NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:
1. A matéria original falava também de competições, prêmios etc. etc. Por motivos óbvios, editamos o texto, excluindo essas partes. Nenhum animal está interessado nisso; eles querem brincar, gastar energia, e só. Quem se interessa em competitividade e prêmios é o ser humano. E, assim como há indivíduos que compram animais para exibi-los em competições de beleza e ganharem prêmios, também há aqueles que compram animais para torná-los atletas premiados. Tudo em nome da velha vaidade e cobiça humana, com a qual não compactuamos.
Agility é uma excelente opção de atividade física para os cães. Apenas isso.
2. Leia também: Brincadeira produtiva
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