Bugios não transmitem febre amarela e agredi-los é crime ambiental


A Equipe de Fauna Silvestre da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) de Porto Alegre, em parceria com técnicos da área de primatologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Instituto Sauver, Secretaria Estadual da Saúde (SES) e representantes do Zoológico Municipal de Canoas estiveram reunidos em 18 de janeiro de 2017, a fim de buscar soluções para as mortes recentes de bugios.

Tendo em vista a preocupação com a febre amarela no Brasil, as entidades envolvidas estão buscando esclarecer o equívoco em associar os primatas à doença. Surgiram relatos de bugios que estão sendo maltratados e mortos pela população. É importante esclarecer que a espécie não transmite a doença e que a febre amarela é transmitida por um tipo de mosquito comum na África e na América do Sul.

No último surto da doença que ocorreu nos anos de 2008 e 2009 no Rio Grande do Sul, pessoas acabaram agredindo os primatas por acharem que transmitiam a doença. Tais atitudes acabaram gerando um desequilíbrio ecológico. Após os ataques ocorridos neste ano de 2017, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente levou ao Zoológico de Gramado dois macacos debilitados.

Perseguir, maltratar e/ou apreender a fauna silvestre configura crime ambiental, de acordo com a Lei Federal de Crimes contra o Meio Ambiente 9.605/98. Para mais informações, contatar a Equipe de Fauna Silvestre de Porto Alegre pelo telefone (51) 3289-7517.

Fonte: Plantão RS


NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

Tanto os macacos quanto os humanos são primatas vítimas da febre amarela. Os bugios não transmitem a doença e ainda estão morrendo aos milhares, sem tratamento, ao contrário dos humanos, que são tratados e ainda agridem os animais por ignorância.

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