A indústria alimentícia não quer que as pessoas pensem em carne como animais

    Foto: Flickr / steve: they can't all be zingers!!!


Quando alguém devora uma porção de frango a passarinho ou um x-bacon enorme, geralmente não pensa nas galinhas, vacas e porcos que tornaram aquela refeição possível. Agora, um novo estudo confirma que a indústria da carne espera explorar essa desassociação entre a carne e os animais para tornar as pessoas mais dispostas a comer galinhas, porcos e vacas.

Uma série de estudos da Universidade de Oslo, na Noruega, publicada no jornal Appetite, descobriu que as pessoas estão mais dispostas a comer carne quando ela é processada e apresentada de um jeito que distancia o produto final de suas origens animais. Os pesquisadores mostraram aos participantes do estudo um frango inteiro, coxas de galinha e filés de frango cortados, e perguntou qual a empatia que eles sentiam pelo animal. Eles também mostraram porcos assados inteiros, um com e outro sem a cabeça. Sem surpresa, os participantes sentiam menos empatia pelos filés de frango e o porco decapitado.

"A apresentação da carne feita pela indústria influencia nossa disposição de comer o produto", disse um dos autores do estudo, Jonas R. Kunst, em um comunicado à imprensa. "Carne altamente processada facilita se distanciar da ideia de que o produto veio de um animal."

A embalagem e a publicidade também têm seu papel. Quando viam propagandas de carne apresentando a imagem de um cordeiro, a foto de um filhote de ovelha fez os participantes evitarem comer a carne em questão. Mesmo as palavras 'bife' e 'suíno' complicam nossa relação com a carne – os participantes estavam menos dispostos a comer os dois tipos de carne quando eles estavam listados como 'vaca' e 'porco' num cardápio.

Essa suspensão da descrença em relação à carne tem sido chamada de "hipótese da desassociação" pelos pesquisadores que estudaram o fenômeno. O estudo de Oslo é o primeiro teste da hipótese, e agora ela é vista como algo real. Isso porque, tudo indica, as pessoas não querem admitir que seus bifes eram animais com vida e sencientes.

Os autores do estudo sugerem que a pesquisa pode ajudar o governo a limitar o consumo de carne.

Fonte: Vice 



NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

Animais não são alimento, nenhum deles. Eles não são comida nem escravos dos humanos. Sentem como todos nós e por isso merecem a vida e a liberdade. A alimentação vegetariana estrita, sem carne de qualquer tipo ou derivados (laticínios, ovos, mel), já está provada como sendo a mais saudável para os humanos. Quem opta pelo veganismo (que engloba não somente a dieta vegetariana estrita, como também o não uso de roupas e acessórios de couro, lã, pele e seda, assim como o boicote a "atrações" que exploram os animais, como zoológicos, circos e aquários, e a empresas que fazem testes em animais) está fazendo um bem pelos animais e para sua própria saúde e vida. E não é difícil nem caro. Quer uma ajuda para começar a parar de comer carne? O primeiro passo é a informação. Aprenda com quem já vive esse estilo de vida: pergunte, pesquise. Use as redes sociais para expandir seu conhecimento sobre vários assuntos, inclusive esse, que é vital para você e um imensurável número de vidas inocentes. Há diversos grupos sobre o tema no Facebook. Listamos abaixo alguns deles:

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